terça-feira, setembro 11, 2007

Uncle's House

Ela correu e entrou na casa, parecia assustada.Abri a porta e entrei, aquele aroma me
trazia um turbilhão de lembranças e emoções, um aroma doce, que somente quem vem de fora pode
perceber. Segui pela cozinha e abri a geladeira, peguei uma cerveja e caminhei lentamente pela casa.
Na sala havia 4 caras, todos fumando cigarros e olhando para a tv, um deles se virou para mim e falou:
- Ei cara, junte-se a nós.
Sentei no sofá e começei a assistir, passava umas imagens muito agradáveis, com diversas matrizes de cor,
era reconfortante, tão reconfortante que causava atração, obsessão. Eu queria ver mais e mais, era inevitável.
Toquei a tela, e senti.
Abri os olhos, Os caras estavam todos de olhos vendados, recitando poesias, era estranho
mas trazia paz, os móveis se encontravam agora no teto, e o meu movimento não fazia sentido, eu só estava vagando.
Foi então que ela apareceu, a garota. Ela me estendeu a mão, eu fiquei em dúvida, mas a segurei.
Acordei. Tudo estava normal, a cerveja jazia em minha mão e eu estava sozinho, no escuro.
Foi então que percebi. Eu não procurava mais pela garota.

3 comentários:

disse...

mas ficou com uma loira na mão!

Anônimo disse...

Às vezes nos enganamos com que procuramos, às vezes já temos o que realmente precisamos e necessitamos em nossas mãos...

Sujeito da camisa listrada disse...

Ei cara, gostei desse. Uma pitada se surreal e metáforas sobre sentimentos e vivências.