por Boina cogitante e Sujeito da camisa listrada, num lápso poético
não me pergunte que horas são
pois já esqueci o tempo da razão
pois agora é tempo de viração
o mundo supra lular me tira da relação
seu corpo não anda são
e não vive só de intenção
mas é admirável um olhar de admiração
que ostenta calor na alma sem dar vazão
abstendo-se de partilhar
no desconforto de ninguém tocar
pois se alguém num ímpeto se lançar
não será na areia do profundo escuro do mar
em ondas frias de garoa irá banhar
sua própria cabeça que confusa vai desalinhar
e todos os brilhos celestes que lhe cabem num só olhar
tirarão o perfume dos relevos de seu cabelo se eu me desfraldar
mãos macias transludem como vidro
que pecado ser do tato desprovido
tirem-me os olhos que não serei ferido
mas permitam-me apenas um só sentido
que nessa direção me leve
como nossa distração tão leve
a verdade está naquilo que tu escreves
descuidar-se de ti, tu não deves
falas com acuidade, age com serenidade
mas se mete com sincretismos covardes
mas não lhe é sábio de nenhuma idade
diante de toda e qualquer saudade, deter-se sempre pela serenidade
criam-se novos demônios todos os dias
não te assusta aquilo do que fugias?
eu fugia da vida fugidia
mas quando a ceifa de mim estiver a um dia, quiçá estarei numa profunda aporia
nada além do que se é se apropria
ouço falar, e ouço-me pensar - ouso pensar, sem pesar
são tantos os versos que me furta o ar
são tantos os versos que eu tento bloquear
no verso reverso, eu controverso
encontro o verso e o reverso
converso com o inverso, intenso processo
paradoxo em contraste
esvaziar o vazio, dizer o indizível
fragmentar o Uno, desenhar o invisível -
são essas as tentativas dos versos conversos baconianos
pois já esqueci o tempo da razão
pois agora é tempo de viração
o mundo supra lular me tira da relação
seu corpo não anda são
e não vive só de intenção
mas é admirável um olhar de admiração
que ostenta calor na alma sem dar vazão
abstendo-se de partilhar
no desconforto de ninguém tocar
pois se alguém num ímpeto se lançar
não será na areia do profundo escuro do mar
em ondas frias de garoa irá banhar
sua própria cabeça que confusa vai desalinhar
e todos os brilhos celestes que lhe cabem num só olhar
tirarão o perfume dos relevos de seu cabelo se eu me desfraldar
mãos macias transludem como vidro
que pecado ser do tato desprovido
tirem-me os olhos que não serei ferido
mas permitam-me apenas um só sentido
que nessa direção me leve
como nossa distração tão leve
a verdade está naquilo que tu escreves
descuidar-se de ti, tu não deves
falas com acuidade, age com serenidade
mas se mete com sincretismos covardes
mas não lhe é sábio de nenhuma idade
diante de toda e qualquer saudade, deter-se sempre pela serenidade
criam-se novos demônios todos os dias
não te assusta aquilo do que fugias?
eu fugia da vida fugidia
mas quando a ceifa de mim estiver a um dia, quiçá estarei numa profunda aporia
nada além do que se é se apropria
ouço falar, e ouço-me pensar - ouso pensar, sem pesar
são tantos os versos que me furta o ar
são tantos os versos que eu tento bloquear
no verso reverso, eu controverso
encontro o verso e o reverso
converso com o inverso, intenso processo
paradoxo em contraste
esvaziar o vazio, dizer o indizível
fragmentar o Uno, desenhar o invisível -
são essas as tentativas dos versos conversos baconianos
3 comentários:
Bela conversa.
Bons tempos...
Queria entrar no meio da conversa, mas se já há ponto, dou-lhes um desconto.
Postar um comentário