sexta-feira, dezembro 21, 2007
O livre arbítrio é utópico.
Estamos sobre o jugo dos vícios da alma e do corpo.
Em meio a tantos vícios carnais e espirituais, será que damos liberdade ao livre arbítrio verdadeiro? O do nosso Ser (se o somos)?
Mas somos o que nosso corpo e alma são. Mas eles são distintos, uma antítese paradoxal dentro de nós e nossos sustentáculos que nos formam e completam. Ou será que são meramente complementos de nosso Ser? Direita e Esquerda, Lado e Lado, equilíbrio, e, o centro nosso Ser? Vivendo em conflito constante? Mas e se esse discurso for de uma pseudo-conclusão errônea? Então, onde fica nosso Ser? Será que esse só existe pelo pleno equilíbrio Corpo e Alma, sendo dependente? Será que esses dois são apenas, como já observei, meros complementos, sendo o Ser, independente destes e Individual? Assim, mesmo dependendo ou não desses, onde está seu livre arbítrio? Será que ele próprio pode gozar deste livre arbítrio? Será que podemos gozar deste seu livre arbítrio? Se nosso Ser for apenas essa fusão, este equilíbrio, nada Individual, independente, nada mais somos do que meras ferramentas para os vícios de nossos corpos e almas, apenas obedecendo com a idéia de um livre arbítrio que então é utópico.
A Última Posse
Quero ver o dia da morte
De quem viu não fez
O chão lambido por sangue
Consumido por uma devoção torpe
Quero ver o dia da realeza
A nobreza do verde e do vermelho
A deferência pelo cansaço
Pelo fim do “homem de aço”
Quero ver o dia em que Sim
De não levantar a bandeira, mas sua criança
De não chamar pelo nome, mas de “Amigo”
De não apenas escrever mais expressivamente e apaixonadamente
Quero ver o dia de Um de Maio
Que seja honrado, não comemorado
Em que as idéias revivam, reacendam
Em que os ideais os transcendam
Quero ver o dia do antepassado
Em que a terra seja de todos
Em que a luta esteja em todos
E a Liberdade sirva um povo
Quero ver o dia juvenil
Que eles voltem a pintar a cara
Que eles voltem a denotar a voz
Que eles berrem na moral vil
Quero ver o dia em que dêem esmolas ao pobre
Que esse se Revolte
“Por que deveriam agradecer pelas migalhas que caem da mesa do homem rico?”
Por que deverão conformismo diante dum sistema falho sob o jugo da opulência?
Quero ver o dia em que povos chorem juntos
Em que não sejam enjaulados por pensar
Que sejam honrados por falar
Que pensamentos puros sejam fecundos
Quero ver o dia em que ingratos bastardos
Não saciem desejos torpes sórdidos
Em cima de crianças acorrentadas
Que não mais percam a inocência enlevada
Quero ver o dia em que a Vossa Santidade
Dignifique seu cargo, que curve-se ante seus súditos
Que Igrejas não mais falhem
Com quem apenas fé, resta-lhes
Quero ver o dia em que não mais leiam
O Livro Sagrado, mas interpretem o mundo
Em que não pensem sobre a morte, essa naturalidade
Mas reflitam sobre a vida e suas doenças ocultadas
Quero ver o dia em que não repudiem
Versos presos na garganta,
Nas mãos de quem não os canta
E que escrevam Mil cartas de amor, cada uma como se fosse a última
Quero ver o dia da crise mundial
A Crise da Razão, não a tradicional
A Crise para o Progresso,
A Crítica contra o regresso
Que deixem os povos evoluírem natural e como o querem – e se o querem
Quero viver e respirar o dia chuvoso
Em que esses versos passem de rosto em rosto
Que transcendam as limitações infinitesimais
E Clamem nos desejos íntimos como jamais
quinta-feira, dezembro 20, 2007
No meio da semana
bebedores de whisky
têm suas roupas atacadas pelo cheiro do cigarro
jogaram todas as reticências pra cima
e lavaram a alma numa chuva de pontos
mais três goles trazem mais uma verdade do universo
frustrações e traumas? que isso
você se lembra daquele sujeito? foi assim que ele caiu
e sinceramente não tenho mais nada contra vocês
assim tinha que ser
sem pensar em exitar
quarta-feira, outubro 31, 2007
Nação
A sociedade impõe as regras
O povo vendado, vive às cegas
Procurando no lixo, o que comer
Culpando o álcool do seu sofrer
Nação de mortos, andam sem rumo
Nação de mortos, esquecidos do mundo
Nação de mortos, lixo da sociedade
Nação de mortos, a realidade
O mundo fede à corrupção
Raça humana, promove a auto-destruição
Mídia controla, o seu belo teatro
E o povo é marionete, escravo do espetáculo
Nação de mortos, oprimidos por agressão
Nação de mortos, um trapo sem atenção
Nação de mortos, produto da sociedade
Nação de mortos, a realidade
Deitado na sarjeta, o frio atormenta
No inverno, o pão seco não alimenta
As feridas abertas, surrado até o torpor
"Levanta vagabundo, você não tem valor"
quinta-feira, outubro 11, 2007
segunda-feira, setembro 17, 2007
Irônico
_Mas não é pra ser engraçado, é pra ser verdadeiro.
_Ah. Mas isso é meio chato.
_E?
quinta-feira, setembro 13, 2007
Samuel disse
Receosa por causa de seu novo gosto musical, musicas horríveis, com uma batida que tremia a casa toda e no último volume, apreensiva com certos aspectos preocupantes, como, seus desenhos mal-educados que expressavam seus sentimentos mais íntimos, seus textos críticos e suas criticas verbais e profundas a aspectos sociais que em sua época não eram questionados dentro do núcleo familiar, sem falar nos livros que estava lendo, os mesmos que foram queimados na fogueira pela sua geração.
Isso tudo lhe tirava o sono.
Em uma noite, sua mãe que estava na sala, perturbada pela estranheza e volume das musicas, suspirou aliviada quando seu filho desligou o som, mas ele logo apresentou o motivo, o que a deixou ainda mais irrequieta.
Samuel disse:
- Ligue para os bombeiros!
Sua mãe estranhou sua calma...
...nada fez.
Samuel gritou intensamente:
- Ligue para os bombeiros!
Sua mãe estranhou seu nervosismo e sua repentina mudança de temperamento.
Pensou, pegou o telefone, ligou para a vizinha e depois foi procurar algo nas gavetas de Samuel.
terça-feira, setembro 11, 2007
Jogatinas de Azar
Com uma só carta a mão e um baralho inteiro em sua frente para decidir qual é o sortudo da noite, um copo com uma dose de conhaque serve para lhe dar aquela coragem de que precisa e acalmar o tremor das pernas, com moedas e notas jogadas a mesa para completar a motivação e tornar as coisas mais emocionantes como apenas os mestres das grandes emoções sabem fazer fluir como ninguém mais.
Uncle's House
trazia um turbilhão de lembranças e emoções, um aroma doce, que somente quem vem de fora pode
perceber. Segui pela cozinha e abri a geladeira, peguei uma cerveja e caminhei lentamente pela casa.
Na sala havia 4 caras, todos fumando cigarros e olhando para a tv, um deles se virou para mim e falou:
- Ei cara, junte-se a nós.
Sentei no sofá e começei a assistir, passava umas imagens muito agradáveis, com diversas matrizes de cor,
era reconfortante, tão reconfortante que causava atração, obsessão. Eu queria ver mais e mais, era inevitável.
Toquei a tela, e senti.
Abri os olhos, Os caras estavam todos de olhos vendados, recitando poesias, era estranho
mas trazia paz, os móveis se encontravam agora no teto, e o meu movimento não fazia sentido, eu só estava vagando.
Foi então que ela apareceu, a garota. Ela me estendeu a mão, eu fiquei em dúvida, mas a segurei.
Acordei. Tudo estava normal, a cerveja jazia em minha mão e eu estava sozinho, no escuro.
Foi então que percebi. Eu não procurava mais pela garota.
segunda-feira, setembro 10, 2007
Descuidos e desvios de conduta.
- O quê?
- Guarda minhas idéias essa noite, vou pra balada
- Que idéia Gervásio?!
Marilda descuidada, naquela noite esqueceu de fechar o portão... As idéias de Gervásio não foram mais vistas. Há quem jure que as viu com o Ronaldão, o vendedor de algodão doce. De qualquer forma Gervásio teve que comprar idéias novas, mas nunca mais achou nenhuma que lhe agradasse.
BACON - ACONB - BANHA - CONBA - ONBAC - NBACO - BANHA - BACON - ACONB - CONBA - BANHA - ONBAC
Enquanto isso, num lugar próximo dalí, uma orgia de letras excitava um rapaz franzino que acabava de ter sua primeira relação intelectual. Quando seu pai abriu a porta do quarto e o viu com um lápis na mão, o rapaz corou de vergonha. Prometeu que não ia mais fazer aquilo, mas acabou se perdendo em cadernetas e acabava sempre por cometer o delito às escondidas. Os pais estranharam o comportamento do menino nos últimos tempos; já não gostava mais de ir à missa e tinha umas idéias malucas sobre tudo. Uns tempos atrás deram até uma surra depois de achar jogado no lixo do banheiro um papel com um poema rabiscado. Apesar dos esforços o rapaz parece decidido a continuar com essa atitude.
domingo, setembro 09, 2007
Saldo de um fim de semana.
álcool,
arrependimento,
desprezo,
vontade,
dor,
reflexões,
morbidez,
desperdício,
mudanças.
Ainda bem que tenho meus amigos.
sábado, setembro 08, 2007
Contraponto social
Acordem!..........................
O universo não dita regras nem “verdades”, quem as dita são os homens, e cabe aos próprios homens violá-las, quebrá-las e discordá-las, os homens são errôneos, portanto seus conceitos são errôneos, não há regra alguma de que nossos sonhos, nossas utopias, não poderão vir a se tornar realidade, pois isso quem decide somos nós, e não outrem.
O Ser sem ser...
Patriota sem bandeira,
Recompensa sem valor,
Poeta sem ardor,
Libertino sem desejo,
Romântico sem coragem,
Santo amaldiçoado,
Mal amado apaixonado,
Vida sem lembrança
Morte sem incerteza,
Sonho sem esperança,
Tristeza sem lembrança,
Lembrança sem saudades,
Amante sem amor...
Vapor digital
Ruídos.
Lamentações.
- Onde estamos?
- No real.
Dentro do intrínseco mundo a vapor digital.
quinta-feira, setembro 06, 2007
Tranquilos na rua
O garoto que foi motivo de riso sente-se mal. Resultado: rapazotes vencem, garoto perde.
sábado, agosto 25, 2007
Pra que se preocupar?
segunda-feira, julho 30, 2007
Idéia I
~~~~~~~~ ?
- Jair! Tive uma idéia!
- E como foi? Eu quando tive a primeira queria chorar de felicidade.
- Do que você está falando?
- Não faço idéia...
- E então?
- Então vamos lá pra casa, to com duas revistas de pornografia... você fica no banheiro dos empregados e eu no principal.
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Contra a elitização cultural e o monopólio do saber!
Propague cultura! Distribua seu conhecimento!
Dê o seu saber a quem não sabe nada;
Não vai lhe fazer falta.
Quando pequeno minha mãe dizia: "Esse piá tá fazendo arte!"
E eu todo orgulhoso saía feliz com a bronca mal entendida
Agora ela diz que eu sou meio lunático
E eu na esperança de ser cosmonauta
Descubro que cosmonauta não existe mais
Leia!
Leia e aprenda #
Leia e reflita #
Leia e sinta #
Leia!
Mas tire um tempo pra pensar, por favor.
Nem que seja um minuto só do seu dia
Pense no que está ao seu redor
Pense em algo que você nunca pensa
Pense!
Nós nunca damos valor pro nosso pensamento - Já parou pra pensar nisso?
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- Hoje em dia tá tão fácil de saber das coisas...
- Pois é, tanta informação, tanta rapidez...
- Será que é por isso que somos mais inteligentes que os antigos?
- Não seja burra; não somos mais inteligentes, somos mais esclarecidos... Raquel! Muda de canal! São seis horas; os casos de família já começaram!
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Não se acomode. Se as coisas tão fáceis não as torne difíceis.
Contra a elitização cultural!
Ensinar para a vida
Aprender a ensinar
Ensinar a aprender
Aprender a aprender
Contra a elitização cultural!