Um lado vai fazê-la crescer e outro irá fazê-la diminuir, pergunte à Alice, quando ela tiver dois metros e meio de altura
E se você resolver seguir coelhos, você irá cair, e irá encontrar uma lagarta azul fumando marguilé que te dará um conselho, pergunte para Alice, quanto ela estiver com apenas oito centímetro de altura
E quando os homens do tabuleiro de xadrêz levantarem pra te dizer onde ir e você comer um cogumelo que altere a sua mente, pergunte para Alice, eu acho que ela vai saber
Quando a lógica e a proporção não existirem mais, o Cavaleiro Branco falar ao contrário e a Rainha de Copas "cortem-lhe a cabeça", se lembre do que o Leirão disse:
"Alimente sua mente"
adaptado de White Rabbit, do Jefferson Airplane
Alice no país das maravilhas (1865) não é uma obra rica por apresentar uma linguagem muito bem elaborada ou alguma importante moral, como diria a Duquesa. A começar pelo coelho branco apressado que leva a protagonista a entrar em Wonderland, passando pelos mais curiosos e incoerentes como o gato sorridente e a falsa tartaruga, que era uma tartaruga de verdade, cada personagem mostra uma peculiaridade que faz do livro obra prima do nonsense. A jovem, que estava entediada da forma com que as coisas aconteciam no mundo real se depara com uma realidade onde a lógica simplesmente inexiste. Lewis Carroll, matemático, lógico, fotógrafo, escritor e inglês, convida o leitor a refletir se é relamente necessário que as coisas façam algum sentido. Várias analogias e análises psicológicas podem ser feitas a partir da história, mas isso já vai da mente nubígena de cada um.
Through the Looking Glass (1871) é uma continuação da aventura, mas ainda não achei uma versão traduzida. Se alguém tiver, me dê uma luz. Pelo que li, Alice atravessa o espelho e encontra um mundo onde tudo é invertido. A nova história se passa em um tabuleiro de xadrês, onde o objetivo da garota é chegar a última casa para tornar-se rainha.
Vale a pena conferir as ilustrações baseadas na obra. Destaque para as de Arthur Rackham e A. E. Jackson.
Versão traduzida de Alice no país das maravilhas: http://www.alfredo-braga.pro.br/biblioteca/alice.html
Versão em inglês de Alice no país das maravilhas e Através do espelho, e também versão comentada, conta com ilustrações originais de John Tenniel: http://www.sabian.org/alice.htm
Ilustrações: http://www.exit109.com/~dnn/alice
Interpretação um tanto medonha do capítulo 9: http://www.youtube.com/watch?v=TvcCY1dbWvs
E o vídeo mais decente que achei no youtube:
A propósito, alguém sabe por que um corvo se parece com uma escrivaninha?
6 comentários:
É assim que as crianças se iniciam no mundo das drogas. No homosexualismo é com os teletubbies. Massa o post, continuem assim.
hahaha, o Marco so fala nos teletubbies...
Enfim, realmente, otimo post. Tinha ate esquecido como essa historinha foi importante pra mim. Meu pai comprou o desenho em fita cassete quando eu era menor, assistia direto.
Nao que o Harrison queria aparecer com o Beatles, mas sendo um membro da banda deveria ter espaco nela, nao acha? Principalmente sendo a guitarra solo. E nao me supriendo se ele tentou transar com uma mulher na escrusao... Ele eh um homen, preciso dizer mais? :X haha
se vc quer dizer sobre a musica Sexy Sadie, que eles escreveram quando foram pra India, nao eh sobre o Harrison nao. A musica foi feita pra uma mulher que seduziu um monge... hahaha
beijos!
Pearí que eu vou chamar um amigo meu que entende de Lewis Carrol..
Zaratuuuuuustra!
Chegue aí véio, e conte uma histórinha pra nós, sobre o Atravez do Espelho...
maravilha de post.
Sobre desenhos em fita: livros são sempre melhores. É difícil algum desses desenhos (o mais famoso é o da Disney, claro)ou outras releituras captarem a verdadeira essência da obra.
vou cortar o cabelo igual o do valete ali aisuhdiahsdhu
Através dos espelhos (inclusive eu o tenho) tem duas traduções pro portugues uma Através dos espelhos e sua reedição em português: Alice através dos espelhos. Tenho a mais velha, raridade em sebos. É uma obra mais densa que alice no paiz das maravilhas. E nunca entendi porque essas obras foram adaptadas para contos infantis, não há nada de infantil nelas.
Reza a lenda que carroll escreveu esses livros em auras de enxaqueca, ele não usava drogas, a não ser pra tentar livrar-se das terríveis dores de cabeça. Mas a aura de enxaqueca provoca distorções, enxergar coisas grandes/pequenas, apenas partes de objetos (cabeça do gato voando) ou ter medo de coisas estranhas como um baralho.
E ele descreve bem isso. E a psicodelia dos anos 60 adaptou-o como membro dos linsérgicos que viam tudo diferente.
maravilha de blog!
Postar um comentário